A forma como um tema é abordado desperta a curiosidade e o interesse e, consequentemente, incentiva a participação efetiva dos alunos durante o processo de aprendizagem. O estudo de campo é um exemplo de como o conhecimento pode ser trabalhado de maneira mais dinâmica e estimulante, além de contribuir para a prática do diálogo e da negociação. Acompanhe:

1- O que é estudo de campo?
2- Qual o objetivo do estudo de campo?
3- Como planejar um estudo de campo?
4- Qual a importância do estudo de campo no processo de ensino e aprendizagem?
5- Estudo de campo na Escola SAP: como valorizar a prática do diálogo e da negociação

O que é estudo de campo?

Estudos de campo são saídas organizadas pela escola para lugares em que os conteúdos estudados pela turma possam ser experienciados in loco – no próprio local. Essas saídas podem ser parciais, parte de um dia, integrais, um dia inteiro, ou até mesmo por mais de um dia.

As viagens são recomendadas para os jovens que já têm capacidade de estar longe de seus pais e suportam uma programação mais intensa. Nesses estudos de campo ou aulas-passeio, os professores e a coordenação fazem uma visita prévia aos lugares escolhidos e organizam um roteiro de atividades que serão propostas para os alunos.

Qual o objetivo do estudo de campo?

Muitos são os objetivos do estudo de campo, desde os de ordem mais pedagógica e acadêmica até aqueles que envolvem aprendizagens socioafetivas. Contudo, ao planejar esse estudo prático, o objetivo central é aproximar o conteúdo escolar da vivência dos alunos, ampliando seu repertório de experiências e permitindo que o conhecimento seja apropriado de uma forma mais efetiva e significativa.

Embora muitos acreditem que os conteúdos escolares estão distantes da realidade e da aplicabilidade prática do dia a dia, o que se aprende na escola deve servir para que as crianças e os jovens construam novas lentes para ver o mundo, dando sentido à sua existência. As escolas construtivistas acreditam que os alunos devem participar ativamente do processo de aprendizagem e, por esse motivo, desenvolvem esse tipo de atividade.

Como planejar um estudo de campo?

O planejamento do estudo de campo inclui várias etapas, começando pela reunião da equipe de professores, que, por meio da troca de ideias e sugestões, articula o conteúdo pedagógico e escolhe os espaços possíveis de visitação. Uma vez escolhido o local ou a região que será visitada, inicia-se um trabalho pré-campo, em que os professores planejam atividades prévias que serão importantes para que os alunos possam entender as que serão propostas no campo.

Além disso, há detalhes ligados à logística e organização, como contato com o local a ser visitado, aluguel de ônibus para transporte e a comunicação com as famílias, explicando os objetivos da atividade e os aspectos ou os procedimentos ligados ao passeio ou à viagem. Muitas vezes, são contratados parceiros que ajudam nessa organização, principalmente quando se trata de uma viagem. As viagens podem ser feitas por transporte terrestre ou aéreo, dependendo do local. Nesse último caso, as escolas necessitam de autorização dos pais e outras providências ligadas à segurança e aos cuidados com a saúde dos alunos. 

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Qual a importância do estudo de campo no processo de ensino e aprendizagem?

Aprender por meio da experiência aproxima o aluno do conhecimento e torna o processo de ensino e aprendizagem ainda mais significativo. Os estudos de campo e as viagens pedagógicas ajudam a desenvolver diferentes habilidades e competências, como  a construção da autonomia, a convivência social e a capacidade de interagir com colegas e professores fora do ambiente escolar.

Na SAP, optamos por essa abordagem metodológica, entendendo que os estudantes criam um vínculo mais forte com os conteúdos escolares na medida em que compreendem que esse conhecimento promove uma leitura de mundo mais ampliada. Em uma escola sociointeracionista de pedagogia de projetos, os estudos de campo permitem a vivência de atividades interdisciplinares e a percepção de que o que se aprende na escola faz parte da vida.

Estudo de campo na Escola SAP: como valorizar a prática do diálogo e da negociação

Quando se elabora um projeto de estudo de campo, alinhado ao conteúdo que a turma está estudando, há uma riqueza de ideias entre os professores. A equipe soma conhecimentos, planeja, ensaia e cria atividades que fazem sentido para a aprendizagem dos alunos. Tudo isso acontece nos bastidores da escola, até que o dia do estudo de campo chegue.

Os professores aprenderam, ao longo da vida, a negociar, valorizar o outro e trabalhar com cooperação. Já os alunos, enquanto isso, negociam sobre os quartos do hotel, o que rende muita conversa:

“Quantas pessoas juntas?

Podem cinco? Podem seis? Podem sete?

X me tirou do quarto. Não é justo!

Ainda dá tempo de trocar?

Y está sozinho…”

Eles vivem a inserção social inerente ao seu momento de vida. A convivência tem caráter construtivo e desenvolve habilidades para a criação de laços afetivos e para o gerenciamento de conflitos. De acordo com a Psicologia, o processo grupal na pré-adolescência é uma dinâmica que envolve a sensação de pertencimento e coesão, a inevitabilidade dos atritos, a formação de normas e lideranças, a aceitação e a superação.

Desde que nascemos, são os grupos dos quais fazemos parte que nos servem de referência. Primeiramente a família, depois a escola e os espaços de lazer e, posteriormente, o trabalho. Negociar e encontrar oportunidade de legitimar os próprios sentimentos e visões nos ajuda a crescer, e não devemos temer caso nossos filhos se frustrem ou vivam desconfortos nessa hora, pois a escola é o lugar onde farão ensaios para situações futuras, ora mais favoráveis, ora não.

A perspectiva sociointeracionista da SAP valoriza a prática do diálogo e da negociação. Acompanhamos tudo isso pelos corredores e nos intervalos das aulas, quando os alunos conversam entre si ou pedem ajuda aos professores, assim como no Projeto Seiva, momento em que são acolhidos e incentivados a lidar com as diferentes situações, dando-lhes os direitos de fala e escolha e os capacitando para o enfrentamento e tomada de decisões.

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