Diversos autores descrevem as etapas pelas quais as crianças passam ao elaborar seus desenhos. Embora as nomenclaturas e, por vezes, até a maneira de conceber essa evolução sejam distintas para cada um, todos convergem na ideia de que o grafismo é uma expressão, uma atividade inteligente, de autonomia, uma forma de comunicação, uma linguagem que, inicialmente, a criança usa pelo prazer do movimento.
Neste texto, explicaremos a importância do grafismo na educação infantil e a interação social. Para saber mais sobre esse assunto, continue a leitura e descubra:
1- Qual a importância do grafismo na educação infantil
2- Quais são as etapas do grafismo infantil
3- A importância da interação social na educação infantil
4- Como são trabalhadas as etapas do grafismo na educação infantil da escola SAP
Qual a importância do grafismo na educação infantil
O grafismo infantil estimula o desenvolvimento motor, cognitivo e criativo da criança, além de ser possível observar transformações psíquicas e emocionais. Segundo Edith Derdyk, pintora, desenhista, designer gráfico e escritora brasileira, ao escorregar o lápis sobre o papel é estimulada não apenas a sensação de satisfação, mas sim algo motor, orgânico, rítmico, de aprendizagem.
A autora explica que a criança usa o desenho como diversão, uma tarefa que realiza sozinha, não precisando de companheiros, ditando suas próprias regras, aprendendo a estar só. Sendo assim, o desenho se torna o palco de suas criações e encenações, um universo de construção que é particularmente dela.
Quais são as etapas do grafismo infantil
Muitos autores dividem o grafismo infantil em etapas ou movimentos. Para que você possa compreender melhor esse processo, separamos as etapas conceituadas por Viktor Lowenfeld. De acordo com ele, o grafismo infantil é dividido em 3 estágios:
Estágio das garatujas
No estágio das garatujas, que possui três fases, a criança começa rabiscando movimentos curtos, repetitivos e movimentos longos, que ultrapassam a folha. Em seguida, começa a fazer curvas e linhas mais direcionadas. Por fim, na última fase, a criança passa a desenhar coisas que retratam algo concreto, um objeto. Esse estágio termina por volta dos três anos de idade.
Estágio pré-esquemático
A partir dos 4 anos, aproximadamente, é possível observar o segundo estágio do grafismo infantil, o pré-esquemático. Nesse estágio, a criança começa a representar melhor os objetos e as figuras humanas. É um momento em que ela desenvolve o imaginário de maneira mais intensa.
Estágio esquemático
No último estágio, o esquemático, quando a criança tem cerca de cinco anos, ela tenta representar tudo o que vê de forma fiel e com referências. Nesse período, inicia-se a alfabetização infantil, por isso a criança passa a fazer muitas cópias. Além disso, é uma etapa em que ela começa a representar os objetos com um mesmo padrão.
A importância da interação social na educação infantil
O grafismo infantil, em razão do que expressa, pode ser conceituado como a possibilidade de compreendermos o desenvolvimento da criança em seus aspectos fundamentais, uma vez que os movimentos e os desenhos de cada fase têm seus próprios significados. Um dos fatores que favorece a elaboração do grafismo e a passagem por suas etapas é a interação social.
A maneira como o adulto olha para os desenhos faz com que os pequenos desejem aprimorar seus movimentos para que consigam representar suas ideias, visto que, inicialmente, não é possível interpretar o que eles querem apresentar. Portanto, é por meio da necessidade de representar o real que as crianças vão ampliando seus traços, e, na medida que o outro vai entendendo o que buscam enunciar, elas passam de uma etapa para a outra.
Como são trabalhadas as etapas do grafismo na educação infantil da escola SAP
Os professores têm um papel fundamental no estímulo do grafismo durante a educação infantil, uma vez que as atitudes, as normas e os valores são aprendidos, principalmente, no cotidiano, nas relações e na escola, por meio de exemplos práticos e de princípios morais.
Entendendo que o desenho é individual, uma expressão, mas que está vinculado a um processo de construção e apropriação da realidade, em nosso cotidiano valorizamos propostas que visam a elaboração de desenhos com diferentes suportes (papéis), a partir de vivências, leituras e experiências.
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